domingo, 26 de setembro de 2010

Será que ainda há algo mais?

Faz tanto tempo que nem sei como me lembro disso. Os melhores momentos da infância, a primeira paixão. Como esquecer algo tão importante? Ele sempre esteve ali, ao meu lado. Passamos por várias fases juntos, brincamos de pega-pega, pique-esconde. E o tempo foi passando, o que ele sentia, até um tempo, eu não sabia. Suspeitava, talvez. O que eu sentia, entendia menos ainda. Ainda inocentes confirmamos suspeitas, declaramos um ao outro nossos sentimentos e prometemos ficar juntos. Como dito éramos inocentes, e muita coisa já passou. E hoje, muito tempo depois, ainda tenho dúvidas sobre meus sentimentos. Ele demonstra tanto carinho, os abraços são tão aconchegantes, como se feitos para mim, com um certo grau de timidez, ou algo que ainda não sei desvendar. Quando o vejo ainda sinto aquilo que sentia quando éramos apenas crianças inocentes, mas eu não sei o que ele sente. Quando ele me vê, sempre desvia o olhar tentando, esconder algo, e as brincadeiras de antes, hoje, não são mais tão inocentes, são como mensagens que muitas vezes não consigo compreender, e isso só me deixa mais confusa. Me diz o que você sente ? Me deixa te desvendar ? Assim poderei entender porque meu coração ainda perde o ritmo quando te vê. As coisas deixaram de ser tão simples, as lembranças do passado são nostálgicas. Queria poder saber se quando você me diz "eu te amo", é de verdade ou é apenas pela grande convivência que temos. O pior é você não me deixar olhar teus olhos, decifrá-los. Já se passou tanto tempo... Será que aquele amor de infância resistiu ao tempo ? Será que realmente teremos uma chance para nós dois ? Ou será que tudo ficou para trás, preso naqueles tempos em que tudo era mais simples ? Será que ainda há algo mais ?

- Blog Momentâneo - leontynasantos.blogspot.com ;* -
mudei só umas coisinhas - Esse texto foi inspirado em - minha história - rabiscos de papel que dei para minha amiga, Leontyna, durante a aula ;x

quarta-feira, 1 de setembro de 2010

Quando me atentei já havia me tornado uma pessoa fria e com sentimentos menos explícitos. Por mais que tudo em minha volta se mostrasse feliz, um valor de indiferença crescia aqui maior que qualquer coisa. Fiquei antipática, chata, observadora e sem sensibilidade à dor alheia. Sem compreender esses risos descontrolados, e inúteis de pessoas efusivas. Comecei a me enojar com aqueles 'eu te amo' banalizados e com aquelas pessoas insistentes à fazerem parte da sua vida. Enfim, quando dei por mim, fiquei mais crítica e seletiva. Frases de amor e de impacto nunca salvarão o mundo, primeiro porque esse tal sentimento surreal talvez nem exista, eu creio na existência de afinidades, de preocupação, de companheirismo e até pessoas se acostumarem com a presença de um parceiro e se sentirem bem com este comodismo. Aquela linda sensação de filmes, livros, aquela coisa que é altruísta, que ultrapassa barreiras... Hm, meus pensamentos estão em constante conflito com isso. Eu talvez não acredite na sua existência. E se existir, enfim, nunca vi um caso desses de perto. E também não veio à mim, nunca senti tudo isso. E contudo, tenho duas conclusões: ou não sou digna do amor, ou o amor não é digno de mim. Prefiro a última opção.




Nada contra à quem acredita, é só minha opnião.